2/4/08

É Carnaval...

... nesse dia de folia ninguém chora.

Lembro de quando o Império Serrano desfilou com esse samba-enredo. Aliás lembro do tempo que os sambas do Império eram inesquecíveis.

Carnaval para mim era pensar na fantasia que minha mãe ia preparar pra mim e para uma prima, sempre saíamos com fantasias iguais. Até que minha prima, mais velha que eu, em um determinado ano ia ao baile de noite e eu não entendia porque não podia ir junto. Até que dois anos depois finalmente pude ir e dormi quase o baile todo. Achei meio chato. Já no ano seguinte, cheguei em casa todos os dias às 7 da manhã. E assim foi por alguns anos.

Carnaval de cidade pequena, de rua, de amigos, primos, paqueras, banho de piscina no clube depois do baile, meu irmão brigando na rua, mesa de lanche pronta em casa para quando chegássemos acabados de tanta folia.

Depois, o legal era viajar no Carnaval. Para o Paraná (várias vezes, Manguinhos, Caiobá, Ilha do Mel), para Búzios, para NY (duas vezes, uma delas para tentar amenizar uma dor que vai sempre estar comigo), e agora confesso que Carnaval para mim deixou de ser sinônimo de quatro dias de muito samba, suor e folia, para ser sinônimo de um bom feriado para esquecer o trabalho, fazer uma boa viagem, ou aproveitar para ir à praia ou ao cinema (normalmente menos concorrido) quando fico no Rio.

Hoje, me deu um pouco de saudade daquela época quando pulava o Carnaval. Hoje não sinto mais essa vontade. Mudei. Ou será que o Carnaval de hoje não tem o mesmo significado para mim que tinha antes? Tudo muda, algumas pessoas mudam, as realidades mudam, e mudam nossos pontos de vista. Nossa referência muda. Nossos interesses mudam. É, com certeza a Renata mudou.